sábado, 27 de agosto de 2011

Steve Jobs

Steve Jobs - Repassando...



No filme “A Mosca” o personagem central da história aparece como um sujeito que, aparentemente, sempre veste a mesma roupa, o que desperta a atenção e a curiosidade de uma nova namorada. Ele então a leva à sua casa e, abrindo as portas do armário, exibe dezenas de ternos iguais.
Nesta semana, virou manchete a saída de Steve Jobs do posto de presidente executivo da Apple, empresa americana do logotipo da maçã com uma mordida, com reputação diferenciada na indústria de informática, eletrônicos, telecomunicações e músicas digitais, disponibilizando no mercado produtos como iPhone, iMac, iPod, MacBook (notebook), e por aí vai…
Em 1975, aos 20 anos, ele e um amigo, de 25 anos (Steve Wozniak), com apenas US$1.300 montaram, na garagem da casa dele, o primeiro protótipo de um computador pessoal direcionado ao consumidor comum.
Isso quer dizer que os equipamentos como o que permite, a mim, estar aqui digitando, e o que permite, a você, estar aí, lendo o que digitei, tornaram-se reais graças, em grande parte, à genialidade e à ousadia dos dois.
Eles protagonizaram uma revolução, foram visionários.
Um ano depois formaram a Appel Computer com o lançamento da Apple I. Um sucesso, pela simplicidade e usabilidade, que lhes rendeu quase um milhão de dólares. Em seguida lançaram a Apple II. Outro sucesso… Para você ter uma idéia, a empresa cresceu tanto, que cinco anos depois, ainda muito jovens, o quase milhão já havia expressivamente multiplicado; fazendo dos dois, milionários.

Em 1985, Jobs saiu da empresa e retornou em 1997, estando lá até hoje, ainda no posto de presidente executivo até três dias atrás, quando passou o comando para Tim Cook, seu sucessor, e até então vice-presidente operacional.

Aí você deve estar se perguntando o que essa história toda tem a ver com o personagem da Mosca…
Pelo simples fato de que esse magnata todo poderoso, para desgosto dos estilistas e amantes da moda, usa somente camiseta preta de mangas compridas e gola alta, calça jeans… E tênis, como é possível conferir nas fotos.
Simplicidade - Um bom começo para convergir sua atenção, sua energia e sua inteligência para um câncer de pâncreas que chegou para desafiá-lo, em 2005, sendo, ao que tudo indica, o motivo da sua atual entrega do cargo.
Naquele ano, em um discurso para um grupo de formandos na Universidade de Stanford, USA, ele diz
“Você não pode conectar os pontos olhando para frente; só pode fazê-lo olhando para trás. Então precisa confiar que os pontos irão se conectar no futuro. Você precisa confiar em algo – sua coragem, destino, vida, karma, qualquer coisa. Esse pensamento nunca me desapontou e fez a diferença na minha vida.”

“Lembrar que posso estar morto em breve foi a ferramenta mais importante que encontrei para fazer grandes escolhas na vida. Porque quase tudo – todas as expectativas externas, todo o orgulho, medo de falhar ou de passar vergonha – tudo isso vai embora na hora da morte, deixando somente o que é importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor forma para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há motivos para não seguir o seu coração.”

“Ninguém quer morrer. Mesmo quem acredita em paraíso não quer morrer para ir para lá. E ainda assim, a morte é o destino de todos. Ninguém pode escapar disso. E é como deve ser, porque a morte é a melhor invenção da vida. É um fator que muda a nossa vida. Limpa o velho e dá lugar ao novo. Agora mesmo, você é o novo, mas algum dia não muito longe, você se tornará o velho e irá embora. Desculpe ser tão dramático, mas é verdade.”

“Seu tempo é limitado, então não o perca vivendo a vida dos outros. Não fique preso a um dogma – viver sob as expectativas dos outros. Não deixe as opiniões dos outros diminuírem a sua voz. E o mais importante, tenha coragem de seguir o seu coração e a sua intuição. De alguma forma, eles já sabem o que você quer se tornar. Todo o resto é secundário.”

Dramático? Não me pareceu. Talvez inteligentemente realista… Ou sensivelmente poético… Melhor assim.
Vou aproveitar e rever meus armários.
 Um abraço,Véra Gama